O início em Barbielândia
Em Barbielândia, tudo é perfeito. As Barbies ocupam todos os cargos de prestígio: presidente, juíza, médica, engenheira e mais. Ken, por outro lado, vive à sombra da Barbie estereotipada, interpretada como a protagonista do filme. A rotina é previsível, cheia de festas, danças coreografadas e “bom dia” sincronizado.
No entanto, algo começa a mudar. Durante uma festa, a Barbie principal tem um pensamento estranho: sobre a morte. Logo depois, seus pés – sempre arqueados para usar salto – ficam planos. Preocupada, ela procura a Barbie Estranha, que a orienta a visitar o mundo real e descobrir a origem dessa falha.
A jornada para o mundo real
Barbie e Ken partem em uma jornada inesperada para o mundo real. Eles chegam a Los Angeles e, rapidamente, percebem que as coisas são bem diferentes da ordem em Barbielândia. Enquanto Barbie enfrenta o machismo e o julgamento pela aparência, Ken descobre o patriarcado e se encanta com a ideia de poder e dominação masculina.
Enquanto Barbie tenta encontrar a garota que está brincando com ela no mundo real, acreditando que isso explicará suas transformações, Ken retorna para Barbielândia levando consigo os conceitos do patriarcado. Essa diferença de experiência entre os dois será fundamental para o conflito principal do filme.
A conexão com Gloria e Sasha
Barbie finalmente encontra Gloria, uma funcionária da Mattel, e sua filha Sasha. Ao contrário do que Barbie esperava, não era Sasha quem estava brincando com a boneca, mas sim Gloria. A mulher projeta suas angústias e frustrações na Barbie, o que desencadeou a transformação da boneca.
Esse momento marca um ponto de virada. Gloria e Sasha passam de críticas da Barbie para aliadas, entendendo a importância do símbolo e da reflexão que ele pode gerar. Juntas, as três decidem voltar para Barbielândia para impedir que Ken destrua tudo o que foi construído.
A revolução dos Kens
Quando retornam, Barbie e suas novas aliadas se deparam com uma Barbielândia completamente transformada. Os Kens assumiram o controle e instauraram um regime patriarcal, com as Barbies hipnotizadas e subservientes. Ken instituiu o “Ken-dom”, um novo sistema em que os homens são os líderes e as mulheres perderam suas funções sociais e políticas.
Apesar da tristeza inicial, Barbie encontra força em Gloria e nas outras Barbies despertadas. Usando o poder da sororidade, elas bolam um plano para recuperar o controle da sociedade e reestabelecer a igualdade.
O despertar das Barbies
Vale ressaltar O plano para libertar as Barbies do controle mental dos Kens é executado com precisão. Cada Barbie é resgatada individualmente, ouvindo discursos sobre autoestima, independência e liberdade. A atuação de Gloria, com falas inspiradoras sobre ser mulher, é fundamental nesse processo.
Pouco a pouco, as Barbies retomam sua consciência e se unem para desestabilizar o domínio dos Kens. Sem dúvida A divisão entre os homens começa a surgir, especialmente quando percebem que foram manipulados por conceitos que não compreendem totalmente.
Reconstruindo Barbielândia
Com as Barbies despertas e organizadas, uma votação é feita para restaurar a antiga constituição. No entanto, agora há uma preocupação maior com a inclusão, escuta mútua e revisão das estruturas anteriores. Ken, derrotado e confuso, admite que não sabe quem é sem Barbie.
Certamente Esse momento revela uma nova abordagem do filme: a importância do autoconhecimento e da desconstrução dos papéis impostos pela sociedade. Barbie entende que sua jornada não se trata apenas de salvar Barbielândia, mas também de descobrir quem ela De fato realmente é.
A escolha de Barbie
No final do filme, Barbie decide que não quer mais ser apenas uma boneca. Inspirada por Gloria e pelo desejo de viver plenamente, Em seguida ela opta por se tornar humana. A escolha é simbólica e poderosa: ela abandona o mundo perfeito para enfrentar os desafios do mundo real.
Em uma das cenas finais, ela visita uma ginecologista – um ato simples, mas altamente significativo. Esse gesto reafirma sua escolha de ser mulher no mundo real, com tudo o que isso representa: dores, alegrias, complexidades e autonomia.
Por fim
Finalmente “Barbie” vai além das expectativas e entrega uma narrativa envolvente, divertida e crítica. Ao mesmo tempo que homenageia o universo cor-de-rosa, o filme questiona padrões, desafia estruturas sociais e convida o público à reflexão.
A jornada da protagonista é uma metáfora sobre a evolução feminina em uma sociedade que, por muito tempo, definiu o que as mulheres deviam ser. Ao escolher sua própria identidade, Barbie se torna um símbolo de empoderamento e liberdade.